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A virada

Minha virada de ano foi, sem dúvida, única e reflexiva. Tudo começou com grandes planos: comprei uma roupa nova, escolhi os ingredientes para preparar uma maionese especial e contribuir na ceia com amigos queridos. Havíamos combinado passar o Réveillon na casa de uma amiga muito especial, organizando tudo por um grupo no WhatsApp, com brincadeiras, karaokê e muita alegria.

Porém, na véspera, fui surpreendida por um forte resfriado, acompanhado de febre, tosse, dores no maxilar e uma forte dor de cabeça. Percebi que não seria possível participar da festa. Mesmo assim, com algum esforço, consegui preparar a maionese que havia prometido. Uma amiga veio buscar o prato, e assim, minha contribuição foi à ceia, ainda que eu não pudesse estar lá.

Passei a virada deitada, lutando contra as dores, que pareciam as contrações de um parto. Mas, nesse "nascimento", além de um novo ano, sentia que algo também renascia em mim. Em meio aos gemidos, repetia: "A força de Deus habita em mim." Enquanto ouvia os fogos de artifício estourando lá fora, entreguei minha dor e minhas orações a Jesus, que enfrentou tanto por nós.

Clamei por perdão pelos meus erros, agradeci pelas bênçãos do ano que passou e confiei tudo a Deus. Foi um momento de encontro com o Divino, que me fez perceber que, apesar de parecer sozinha, meu anjo da guarda estava ali comigo.

Dormi apenas nas primeiras horas do novo ano, exausta. Acordei no dia 1º ainda fraca, mas com a certeza de que havia superado mais uma batalha. Minha primeira refeição do ano foi simples: um pão com ovo e café, que naquele momento representava um verdadeiro banquete. Essa simplicidade me fez refletir sobre aqueles que talvez não tiveram sequer isso para comer enquanto muitos se fartavam.

O dia seguiu tranquilo, ainda marcado pela recuperação. Dormi muito, agradeci a Deus e respondi às mensagens dos amigos. Hoje, no dia 2, me sinto melhor. Ainda com tosse, mas sem dores. Glória a Deus por isso!

Essa experiência me mostrou que, mesmo na solidão e na dor, Jesus está conosco. Talvez, se estivesse em meio às festas, nem teria tempo para lembrar d’Ele. Por isso, esse foi o meu melhor Réveillon. Obrigada, Deus, por Sua presença em minha vida!


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