O poder de um beijo
- Eliete Bahia
- 8 de jan.
- 1 min de leitura
Há momentos na vida em que tudo parece turvo, como se o brilho que uma vez nos guiava tivesse se apagado. Mas, às vezes, o destino prepara surpresas que nos resgatam desse abismo silencioso. Um beijo pode ser uma dessas dádivas — simples, inesperado, mas profundamente transformador.
Foi assim que aconteceu comigo. Em um instante que não esperava, sob o efeito leve do álcool, mas com a mente totalmente entregue ao momento, você me beijou. Não era um beijo prometido nem planejado. Não havia intenções escondidas ou compromissos selados. Era um toque de carinho genuíno, um despertar gentil que me encontrou no meio do caos.
Naquele beijo, senti mais do que seus lábios. Senti o pulsar da vida, um sopro de esperança. Senti uma faísca que incendiou algo adormecido dentro de mim: o desejo de viver. Foi como se, por um breve instante, o peso das dúvidas e medos se dissipasse, dando espaço a um frescor de possibilidades.
Não era o álcool. Era a verdade do momento. Era a conexão entre dois seres, simples, real, sem explicações. Um beijo que veio sem aviso e, ainda assim, carregava em si uma força capaz de mudar tudo.
Obrigada por isso. Obrigada por trazer de volta a vontade de seguir em frente. Não foi apenas um beijo. Foi um chamado à vida, um lembrete de que, mesmo nas circunstâncias mais imprevisíveis, o amor — mesmo que em um gesto passageiro — ainda tem o poder de nos salvar.
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