Sigo Só, Mas Sigo Bem
- Eliete Bahia
- 9 de fev.
- 1 min de leitura

Passei minha vida sonhando com alguém para dividir o caminho, um parceiro que estivesse ao meu lado em todas as jornadas. Casei, tive três filhos, vivi 22 anos dentro de um casamento, mas, no fundo, estava só. Cada batalha como mulher e mãe, cada conquista e cada dor, vivi na solidão.
Até que um dia compreendi que precisava formalizar o que já era real: minha solidão. E assim me separei, não para ficar só, mas para seguir o caminho como ele sempre foi — apenas eu e meus passos.
Hoje, aposentada, com os filhos crescidos, as pessoas me perguntam por que não busco um companheiro. Minha resposta é simples: não tenho tempo para isso. Buscar alguém a essa altura da vida é como atirar no escuro. Como esperar que alguém esteja disposto a viver os meus sonhos? A aceitar minhas loucuras e meus dramas? A seguir meu caminho e crer no que eu creio? Talvez eu esteja buscando algo que nem eu mesma sei definir.
E, se nem eu sei, quem me seguiria nessa busca?
Portanto, não espero. Não procuro. Não me angustio. Aprendi a superar a falta de um ombro, de um abraço, de um apoio. Aprendi a transformar a ausência em desafio e a solidão em liberdade.
E sou feliz assim.
Sigo só, mas sigo bem.
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